27 de julho de 2011

O Universo Holográfico, Alain Aspect e David Bohm

Em 1982 ocorreu algo muito importante na Universidade de Paris. Uma equipe de pesquisa liderada pelo físico Alain Aspect descobriu que sob certas circunstâncias, partículas subatômicas como os elétrons são capazes de instantaneamente se comunicar uns com os outros não importando a distância entre eles. Podem ser 5 metros ou 5 bilhões de metros. De alguma forma uma partícula sempre sabe o que a outra está fazendo.


O problema com esta descoberta é que ela coloca em causa a afirmação de Einstein que nenhuma comunicação pode viajar mais rápido do que a velocidade da luz. E como viajar mais rápido que a velocidade da luz é o objectivo máximo para quebrar a barreira do tempo, este fato estonteante tem feito com que muitos físicos tentem vir com maneiras elaboradas para descartar os achados de Aspect.


O físico da Universidade de Londres, David Bohm, por exemplo, acredita que as descobertas de Aspectimplicam em que a realidade objectiva não existe, que a despeito da aparente solidez o universo está no coração de um holograma fantástico, gigantesco e extremamente detalhado. Para entender porque Bohmfaz esta afirmativa surpreendente, temos primeiro que saber um pouco sobre hologramas. Um holograma é uma fotografia tridimensional feita com a ajuda de um laser.


Para fazer um holograma, o objecto a ser fotografado é primeiro banhado com a luz de um raio laser. Então um segundo raio laser é colocado fora da luz reflectida do primeiro e o padrão resultante de interferência (a área aonde se combinam estes dois raios laser) é capturada no filme. Quando o filme é revelado, parece um redemoinho de luzes e linhas escuras. Mas logo que este filme é iluminado por um terceiro raio laser, aparece a imagem tridimensional do objecto original.


tridimensionalidade destas imagens não é a única característica importante dos hologramas. Se o holograma de uma maçã é cortado na metade e então iluminado por um laser, em cada metade ainda será encontrada uma imagem da maçã inteira. E mesmo que seja novamente dividida cada parte do filme sempre apresentará uma menor, mas ainda intacta versão da imagem original. Diferente das fotografias normais, cada parte de um holograma contém toda a informação possuída pelo todo.


A natureza de "todo em cada parte " de um holograma nos proporciona uma maneira inteiramente nova de entender organização e ordem. Durante a maior parte de sua história, a ciência ocidental tem trabalhado dentro de um conceito que a melhor maneira para entender um fenómeno físico, seja ele um sapo ou um átomo, é dissecá-lo e estudar suas partes respectivas. Um holograma nos ensina que muitas coisas no universo não podem ser conduzidas por esta abordagem. Se tentamos tomar alguma coisa à parte, alguma coisa construída holograficamente, não obteremos as peças da qual esta coisa é feita, obteremos apenas inteiros menores.


Este "insight" é o sugerido por Bohm como outra forma de compreender os aspectos da descoberta deAspectBohm acredita que a razão que habilita as subpartículas a permanecerem em contacto umas com as outras a despeito da distância que as separa não é porque elas estejam enviando algum tipo de sinal misterioso, mas porque esta separação é uma ilusão. Ele argumenta que em um nível mais profundo de realidade estas partículas não são entidades individuais, mas são extensões da mesma coisa fundamental.


Para capacitar as pessoas a melhor visualizarem o que ele quer dizer, Bohm oferece a seguinte ilustração: Imagine um aquário que contém um peixe. Imagine também que você não é capaz de ver este aquáriodirectamente e seu conhecimento deste aquário se dá por meio de duas câmaras de televisão, uma dirigida ao lado da frente e outra a parte lateral.


Quando você fica observando atentamente os dois monitores, você acaba presumindo que o peixe de cada uma das telas é uma entidade individual. Isto porque como as câmeras foram colocadas em ângulos diferentes, cada uma das imagens será também ligeiramente diferente. Mas se você continua a olhar para os dois peixes, você acaba adquirindo a consciência de que há uma relação entre eles.


Quando um se vira, o outro faz uma volta correspondente apenas ligeiramente diferente; quando um se coloca de frente para a frente, o outro se coloca de frente para o lado. Se você não sabe das angulaçõesdas câmeras você pode ser levado a concluir que os peixes estão se intercomunicando, apesar de claramente este não ser o caso.


Isto, diz Bohm, é precisamente o que acontece com as partículas subatômicas na experiência de Aspect. Segundo Bohm, a aparente ligação mais-rápido-do-que-a-luz entre as partículas subatômicas está nos dizendo realmente que existe um nível de realidade mais profundo da qual não estamos privados, uma dimensão mais complexa além da nossa própria que é análoga ao aquário. E ele acrescenta, vemosobjectos como estas partículas subatômicas como se estivessem separadas umas das outras porque estamos vendo apenas uma porção da realidade delas.


Estas partículas não são partes separadas mas sim facetas de uma unidade mais profunda e mais subliminar que é holográfica e indivisível como a maçã previamente mencionada. E como tudo na realidade física está compreendido dentro destes "eidolons", o próprio universo é uma projecção, um holograma.


Em adição a esta natureza fantástica, este universo possuiria outras características surpreendentes. Se a aparente separação das partículas subatômicas é uma ilusão, isto significa que em nível mais profundo de realidade todas as coisas do universo estão infinitamente interconectadas.


19 de julho de 2011

Letra de mão começa a ser abolida nas escolas dos EUA

Ensino da letra cursiva passa a ser opcional em Indiana; demais estados deverão seguir decisão
O ensino da letra de mão (cursiva) será opcional no estado de Indiana, nos Estados Unidos, e deve parar de ser ensinada definitivamente nos próximos anos.
A decisão deve seguida por mais 40 estados norte-americanos. Os governos consideram o ensino da letra de mão ultrapassado.
Os defensores da lei argumentam que as crianças de hoje praticamente não necessitavam escrever à mão, com lápis e papel.
Para eles, aulas de como digitar com habilidade seriam mais importantes, já que o uso de computadores, notebooks e celulares é cada vez mais comum.
Estados como Carolina do Norte e Geórgia já anunciaram que tomarão decisão similar muito em breve. Esses 41 estados integram o "Iniciativa para um Padrão Comum de Currículo", responsável por padronizar o currículo da educação básica nos EUA.
No Brasil, o ensino da letra cursiva não foi abandonado. Entretanto, a pedagogia atual não prioriza a técnica no ensino da letra, mas sim o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita.


10 de julho de 2011

Células de combustível “turbinadas” com nanotecnologia aumentam eficiência energética do carvão

Coal

A ideia de energia limpa pode evocar imagens de campos a perder de vista, repletos de turbinas eólicas, ou uma paisagem urbana coberta depainéis solares. Mas essa visão idílica pode dar lugar a uma mais realista, em que o combustível fóssil – ao menos, em curto prazo – continuará a desempenhar um papel importante na produção de energia.
Há muitas pesquisas que buscam aumentar a sofrível eficiência energética e ambiental das usinas de carvão. Uma grande inovação nesse sentido é a célula de combustível de óxido sólido (SOFC). Em vez de simplesmente queimar montes de carvão para aquecer a água ou mover turbinas, as células de combustível oxidam o carvão de forma mais controlada, gerando menos emissões de forma muito mais eficiente.
Os ânodos costumam ser formados por um material que acaba ficando viscoso com o acúmulo de carbono, casando a degradação do ânodo ao longo do tmepo.
A solução para o problema foi proposta por uma equipe de cientistas liderada por Meilin Liu, do Instituto de Tecnologia da Geórgia. A equipe achou uma forma de embutir nanoestruturas de óxido de bário no material, que evitam que o carbono se acumule e desative o ânodo. Segundo o site Nanowerk, as estruturas oxidam “o carbono enquanto ele se forma, mantendo a superfície dos eletrodos de níquel limpas mesmo quando os combustíveis que contêm carbono são usados a baixas temperaturas”
A equipe espera que a solução seja facilmente absorvida pelos sistemas existentes, já que se baseia em uma tecnologia anterior. Liu deposita grandes expectativas nessa tecnologia e afirmou a Nanowerk "Essa pode ser a forma mais limpa, mais eficiente e menos dispendiosa de transformar carvão em eletricidade”.

5 de julho de 2011

Nova tribo isolada é descoberta na Amazônia

Fotos divulgadas para proteger a los indios amenazados del Amazonas
Nas profundezas da floresta amazônica, milhares de pessoas ainda vivem em relativo isolamento do resto do mundo.
Em um comunicado recente à imprensa, o governo brasileiro confirmou a existência de outra tribo não contatada, de cerca de 200 indivíduos, no Vale do Javari. A reserva fica perto da fronteira peruana e é quase do tamanho de Portugal. Pelo menos 14 tribos não contatadas, com uma população total de 2.000 indivíduos, vivem na região.
O grupo recém-observado vive em quatro grandes ocas com telhado de sapé, e cultiva milho, banana e amendoim, entre outras plantações.
A FUNAI observou clareiras na floresta usando mapas feitos por satélite, mas só em abril uma expedição sobrevoou a região e conseguiu confirmar a existência da tribo.
"O trabalho de identificar e proteger grupos isolados é parte da política pública brasileira", afirmou o coordenador da FUNAI para o Vale do Javari, Fabricio Amorim, à Associated Press. "Uma confirmação deste tipo exige anos de trabalho metódico".
A FUNAI calcula que existam 68 tribos não contatadas vivendo na Amazônia. A organização usa aviões para não perturbá-las com o contato pessoal (imagino o que elas pensam ao ver os aviões), mas isso não significa que outros respeitem o direito à privacidade das tribos.
pesca, a caça e extração de madeira ilegais atraem invasores. Outra ameaça é a exploração de petróleo na fronteira peruana. Missionários e traficantes de drogas também invadem as terras protegidas de grupos indígenas, disse Amorim.
Vocês já viram O Curandeiro da Selva, com Sean Connery? O filme é um relato ficcional do que poderia acontecer quando povos nativos e colonizadores se  chocam. Os intrusos podem causar danos à terra e influenciar a cultura dos povos indígenas, além de trazer doenças capazes de exterminar populações inteiras.
Os povos indígenas brasileiras conquistaram o direito legal de manter suas terras originais na Constituição de 1988. A lei exigia que todas as terras ancestrais indígenas deveriam ser demarcadas e entregues às tribos dento de um prazo de cinco anos.

Os grupos indígenas hoje controlam 11% do território brasileiro, incluindo 22% da Amazônia.
Permitir que grupos indígenas mantenham suas terras não é apenas uma questão de direitos humanos. O restante do mundo também pode se beneficiar de seus conhecimentos. Recentemente, assisti a uma palestra de Mark Plotkin, autor de "Tales of a Shaman's Apprentice: An Ethnobotanist Searches for New Medicines in the Amazon Rain Forest"(Histórias de um aprendiz de xamã: a busca de um etnobotânico por novos remédios na floresta amazônica, em tradução livre), na Universidade de Missouri, em Columbia. Ele passou anos vivendo entre os povos amazônicos e aprendendo com seus curandeiros tradicionais.
Em sua palestra, Plotkin apresentou numerosos remédios, conhecimentos e outros materiais úteis que podem ser obtidos pelo convívio com os povos indígenas da Amazônia. Os índios também são protetores mais eficientes de suas terras, além de ser mais baratos que guardas florestais contratados.



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